Para nós que somos cuidadores, existe uma rede de pessoas que nos inspiram, nas quais confiamos e escolhemos para que venham a cuidar da gente.
Por alguma razão empática, nos identificamos com estas pessoas e sentimos que podemos estabelecer um elo com elas, para que elas nos ajudem em nossa corregulação.
Eu visualizo esta rede através da imagem do símbolo do infinito, conosco no meio e dentro desta figura, há outra perninha, representada pelas pessoas que confiam em nós para cuidarmos delas.
Circulamos entre pessoas que cuidam da gente e aquelas das quais cuidamos.
Por isso, é muito legal termos consciência dos traços que envolvem as pessoas que buscamos e os daquelas que atraímos, pois achamos nesta intercessão muita informação sobre o nosso ‘eu’.
Nessa troca constante, muitas vezes pedimos algo do outro, mas em contrapartida, o colocamos em um lugar onde ele tem algo que nos falta e que queremos que ele nos dê.
Ao fazermos isto, é como se roubássemos energia e alimentássemos no outro a mesma necessidade de depender da gente, transformando relações de cuidado horizontais em codependência.
Então, se dentro do infinito que dá forma às nossas redes de distribuição de cuidados e de cuidadores, nós somos a intercessão entre as duas, precisamos refletir sobre o que buscamos e o porque.
As pessoas que são parte deste tear, são amigas(os)? Pessoas que vez por outra nos desequilibram? O que elas trazem de informação sobre nós?
Jogue luz sobre suas redes, que são únicas e nas quais você dança o tempo todo, para descobrir mais sobre você e se potencializar enquanto cuidador e inspirar o mesmo em quem te cuida.
Seguimos juntos.
Comments