Acho que já falei disso algumas vezes, mas escrever sempre foi a minha válvula de escape.
Meu coração parece mais ligado às minhas mãos do que à minha boca e talvez pela agitação da mente, precisei buscar vias de fazê-la escoar por meu corpo. No meu caso, pelas pontas de meus dedos enquanto seguro um lápis e permito que meu caldo criativo se expresse livremente naquelas folhas em branco, sem pretensão alguma além de apenas ser o mais autêntico possível.
Navego pelas águas do passado misturado com o presente e o futuro que ainda não sei.
Revisito velhos baús de álbuns de fotos, revivo memórias pelas fotografias.
Percebem como falei 'passado', 'revisito', 'velhos baús',...? Criatividade não é sobre ser mega original, "Uau, vou quebrar a roda e construir outra do zero!".
É sobre criar ou recriar algo daquilo que já existe em você: sua história, sua singularidade, de forma leve. Quase como as crianças, que brincam de criar com aquilo que vêem, cheiram e tocam.
Aí, olha que bacana: daquela brincadeira saiu uma história, sem pretensão alguma.
Tire um momento do seu dia, da sua semana e do seu mês pra brincar de criar e depois vem me contar se sua criatividade deu aquele branco ou se agora tudo que você faz é criar.
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