Certa vez, me desorganizei de uma forma meio estranha e descontrolada, apesar de vir me cuidando com várias abordagens: emocionais, espirituais, físicas, integrativas, medicamentosas.
Quando vemos uma desordem, sabemos que estamos vendo somente a ponta do iceberg.
Também sabemos que, imerso ali, tem uma vida com uma complexidade de fatores convergindo em algum(ns) sintoma(s), mas ter consciência disto, raramente nos salva dessa roubada.
O que consola é que talvez a forma de vivermos esse rolo ou poço (escolha o nome que for melhor para você dar à esta situação), pode nos levar duas casas adiante no tabuleiro da consciência e da mesma forma que esses sintomas complexos se organizam assim, desarmar também é complexo e tem que ir devagar.
Já percebi que tratamentos são assim como nossos desarranjos: eles se somam. Quem trata por último leva o mérito dos que vieram antes, ajudando a pavimentar a via de volta à essência da pessoa. Assim como a queixa principal faz parte de um grande enredo, a solução dela também vai se dando assim em camadas.
Toca aqui, desobstrui ali e uma hora a energia volta a circular entre o corpo-mente sutil e o mais denso, o físico, e é como um retorno para essa 1ª casa, que nos acolhe a tanto tempo.
É como chegar sentindo de volta o conforto e a segurança de estar em si.
A auto-compaixão é parte dos maiores desafios de nossas vidas. Por isto, conforme somos aconselhados, sigamos caminhando.
Gratidão.
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